terça-feira, 18 de maio de 2010

2º PA: Vida Cigana!




Os ciganos têm suas tradições...

Gostam de quem gosta deles...

Respeitam para serem respeitados.

Gostam de viver em liberdade e, sendo assim, vivem felizes.

É um povo sem preconceito. A vida os ensina a conhecer sua estrada.

Por viverem livremente, são sempre muito perseguidos, mas se mantêm forte e vigoroso nas suas vontades e decisões.


HISTÓRIA:

Os ciganos fazem parte de uma etnia de cultura própria, rica, já que por variadas razões encontram-se dispersos por todo o mundo, tendo passado, em suas andanças, por diferentes países, legando e enriquecendo a sua cultura. Uma pequena parcela, hoje em dia, ainda é nômade, mas a maioria, como no caso dos ciganos do Rio de janeiro, é seminômade e sedentária.
A concentração maior desse povo fica na Europa, parte reside ainda, no norte e no sul da África, no Egito, na Argélia e no Sudão. Nas Américas, o contingente está distribuído dos Estados Unidos à Argentina, tendo uma maior concentração no território brasileiro. No Brasil, mais particularmente no Rio de janeiro, existem dois grandes grupos de ciganos: o Rom e o Calom.

ORIGENS:
Há uma lenda cigana, passada por gerações e gerações, que diz que o povo cigano foi guiado por um rei, no passado, e que se instalaram em uma cidade da Índia chamada Sind onde eram muito felizes. Mas em um conflito, os muçulmanos os expulsaram, destruindo toda a cidade. Desde então foram obrigados a vagar de uma nação a outra.

LÍNGUA:
A língua cigana, o romani, é uma língua da família indo-européia. No entanto, eles assimilam muitos vocábulos das línguas dos países por onde passam.

RELIGIÃO:
Os ciganos, ao deixaram a Índia, não carregaram suas divindades, apenas levaram Deus no coração e por isso se adaptam facilmente às religiões dos países onde permanecem.

PADROEIRA:
Santa Sara Kali (comemorada em 24 de maio!
Conta a lenda que maria Madalena, Maria Salomé, José de Arimatéia, trofino e Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar pelos judeus, numa barca sem remos e sem provisões. Milagrosamente a barca, sem rumo, aportou em Petit-Rhône, uma cidade no sul da França.
Todo ano, no final de maio, milhares de ciganos, vão se reunindo nesta cidade francesa para cantar, dançar e pagar promessas para sua padroeira.

BANDEIRA CIGANA:

Em 1791, a Bandeira Cigana foi instituída como símbolo internacional de todos os ciganos.
A roda vermelha no centro simboliza a vida, representa o caminho a percorrer e o já percorrido.
O azul representa os valores espirituais, a paz, a ligação do consciente com os mundos superiores, significando a libertação e a liberdade.
O verde representa a mãe natureza, a terra, a luz do crescimento vinculado com as matas, com os caminhos desbravados e abertos pelos ciganos.
PERSONALIDADES CIGANAS:
O povo cigano afirma que muitos são os ciganos famosos, mas habitualmente eles evitam ou ocultam esta informação. Citam o palhaço Carequinha, a cantora Rosana, o cantor Sidney Magall, o trapalhão Dedé Santana, o músico Zé Rodrix e, fora do Brasil, o poeta Federico Garcia Lorca e até os astros de cinema hollywoodianos como Charles Chaplin e Rita Hayworth.
Nenhum citado assumiu-se cigano, nem o mais importante deles, segundo os representantes ciganos: Juscelino Kubitschek, que seria neto de ciganos europeus.
O povo cigano foi vítima de preconceitos injustos e sem fundamentos, em vista de seus hábitos de vida, roupagens e cerimoniais, entretanto, jamais se teve notícias de que houvessem provocado qualquer desajuste social entre nações ou deles participado, pela sua própria característica de ser um povo alegre, festeiro, amante da natureza e altivo, um povo orgulhoso de sua raça a ponto de contagiar aqueles não ciganos com sua graça e simpatia. Um povo que ao logo do tempo demonstrou muita sabedoria e união, caso contrário não os teríamos ainda presentes entre nós.
Vítimas de perseguição e injustiças, onde se destaca o ocorrido na segunda guerra mundial, onde milhares de ciganos foram recolhidos aos campos de concentração e desapareceram.
Hoje já se tem no Brasil, a exemplo da Europa e do mundo, o Instituto de Defesa dos Direitos da Etnia Cigana, que pretende agregar os irmãos ciganos e os não ciganos na compreensão de se fazer valer os direitos e garantias atinentes ao Povo Cigano, desejando combater pacífica e legalmente a discriminação e preconceitos.

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